Antes tarde do que nunca: Estado decide contratar estudo de
impacto dos viadutos da Agamenon Magalhães
Publicado em 18/06/2012, Às 12:49
Quase um ano depois de anunciar com pompa a construção de
quatro viadutos na Avenida Agamenon Magalhães, sob o argumento de que precisa
abrir espaço para a implantação de um corredor de BRT (Bus Rapid Transit) na
via, o governo do Estado decidiu fazer os estudos de impacto ambiental e de
vizinhança da obra. Na semana passada lançou pregão eletrônico, modelo de
licitação mais rápido e que permite maior concorrência por ser feito pela
internet, para contratação dos Estudos Técnico Ambiental (ETA) e de Impacto de
Vizinhança (EIV).
A publicação aconteceu no DO e o vencedor já deverá ser
escolhido no dia 5 de julho, o que mostra que o governo tem pressa. Quem é
contra a construção dos elevados se revoltou ao ver a notícia do pregão, por
entender que os estudos de impacto só estão sendo contratados agora, quando
deveriam ter sido realizados antes mesmo de o Estado optar pelos elevados.
A contratação do estudo foi uma exigência do Ministério
Público de Pernambuco (MPPE), provocada depois de audiência pública para
discutir o projeto há pouco mais de um mês. Secretário executivo de
mobilidade da Secretaria das Cidades, Flávio Figueiredo, explicou ao blog que o
governo em momento algum se negou a fazer os estudos. Apenas deu entrada no
processo no órgão competente, no caso a Prefeitura do Recife, à espera de que
as exigências fossem feitas. A prefeitura se eximiu da responsabilidade por
autorizar ou não a obra – postura deixada clara durante a audiência – e o projeto
terminou encaminhado à CPRH, que solicitou os estudos.
“Em momento algum nos negamos a fazer os estudos. Ao
contrário. Iniciamos o processo e ficamos aguardando as exigências técnicas
para que todas fossem atendidas. Sem qualquer resistência. É tanto que, assim
que foi solicitado, iniciamos a contratação do estudo. Optamos, inclusive, pela
modalidade de pregão que é mais rápida. O custo máximo a ser gasto será de R$
137 mil e o prazo de conclusão do estudo é de 35 dias”, afirmou.
Flávio Figueiredo garantiu, ainda, que se os estudos de
impacto indicarem que os viadutos são inviáveis o projeto não será
executado. “A nossa proposta é clara. Estamos erguendo os viadutos para
priorizar o transporte público, no caso o Corredor Norte-Sul que será implantado
na Agamenon. Desde o começo também garantimos que não iríamos iniciar as obras
sem todas as licenças ambientais necessárias. De forma alguma vamos passar por
cima dos órgãos ambientais”, disse.
Postado por Roberta Soares do Jornal do Commércio
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